Na última semana, entre os dias 19 e 23 de fevereiro, 19 organizações indígenas e da sociedade civil, através do Grupo de Trabalho Internacional para a Proteção de Povos Indígenas em Isolamento e Contato Inicial (GTI-PIACI), o Governo Nacional de Colômbia, a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e a ONU se reuniram em Bogotá para discutir sobre a necessidade de proteger os Povos Indígenas em Isolamento.
Durante a reunião, os membros do grupo de trabalho expuseram as necessidades de se ter estratégias transfronteiriças, bem como experiências em defesa e proteção desses povos em toda a América do Sul.
Além disso, foi promovida uma rede internacional de assistência técnica para a formulação e implementação de políticas de prevenção e proteção dos direitos da PIACI a nível nacional e nas zonas fronteiriças que são de particular relevância para a sua proteção e ainda não foram consolidados.






Espera-se, desta forma, promover os compromissos internacionais que a Colômbia tem em questões de proteção dos direitos dos povos indígenas e da conservação de grandes áreas de florestas amazônicas, crucial para regular as alterações climáticas.
Na reunião em Bogotá estiveram presentes também a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e o Relator Especial da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, Francisco Tzay. Durante a Assembleia também, a Ministra da Agricultura e Desenvolvimento da Colômbia Jhenifer Mojica esteve presente para debater a situação dos povos isolados daquele país, assim como representantes do Ministério da Defesa e do Senado colombiano.
O GTI-Piaci é composto por organizações de oito países – Brasil, Paraguai, Bolívia, Suriname, Equador, Peru, Venezuela e Colômbia – que trabalham em rede colaborativa para articular a proteção, defesa e promoção de direitos dos povos indígenas isolados e de recente contato nas regiões da Amazônia, Cerrado e Gran Chaco.