Impactos das monoculturas de soja em territórios indígenas na Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia

abr 24, 2024

Nesta quarta-feira (24), terceiro dia do Acampamento Terra Livre (ATL) em Brasília, uma roda de conversa tratou dos impactos das monoculturas de soja em territórios indígenas na Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia.

Lideranças Ava Guarani do Oeste do Paraná, Munduruku do entorno de Santarém e Timbira do Maranhão e Tocantins falaram sobre o avanço da fronteira agrícola e do uso de agrotóxicos nas proximidades e sobre os seus territórios, que como consequência tem contaminado as suas terras, as águas e adoecido as populações indígenas.

As lideranças enfatizaram que para conter o avanço dos agrotóxicos sobre os territórios, é essencial avançar na demarcação de terras indígenas.

Além disso, os participantes ressaltaram que a derrubada dos vetos ao Pacote do Veneno representa uma ameaça adicional contra a população indígena, seus corpos e seus territórios.

A roda de conversa aproximou as organizações indígenas Comissão Guarani Yvyrupa, a Associação Wyty-Catë das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins e a Associação Indígena da Aldeia Açaizal em diálogo com a iniciativa do Movimento dos Atingidos pela Soja – MAS e contou ainda com a participação da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, da organização Terra de Direitos e do Centro de Trabalho Indigenista – CTI.