O Centro de Trabalho Indigenista lança em 2011 um novo site como parte de uma série de ações voltadas para a disponibilização aos interessados do seu acervo com fontes documentais, audiovisuais, bibliográficas acumuladas ao longo dos 30 anos de atuação na defesa dos povos indígenas.
No novo site, é possível encontrar informações atualizadas sobre o CTI, sobre nossas linhas de ação, projetos, Programas, além de notícias sobre os povos com quem trabalhamos e sobre a política indigenista.
Junto com esse novo site, lançamos em 2010 uma versão piloto de uma Biblioteca Digital (Bd), na qual cópias digitais do nosso acervo estão sendo sistematizadas. Iniciamos nesse mês um processo de integração entre a plataforma do site e a da Bd para facilitar a busca de informações pelo usuário. A versão definitiva da Bd deve ser lançada em setembro de 2011.
Dentre os acervos documentais que estão em processo de sistematização para disponibilização on-line podemos destacar o Acervo Documental do Programa Guarani e o Acervo do Projeto Grande Carajás.
O Acervo do Programa Guarani conta com centenas de documentos a respeito da ocupação guarani no sul e sudeste, com destaque para conjuntos de cartas, relatórios, ofícios e todo o tipo de documentos relacionados aos processos de regularização fundiária das Tis Guarani, que podem ser úteis aos pesquisadores, aos próprios índios e aos demais interessados na defesa do patrimônio indígena. Toda essa documentação já está organizada e digitalizada e será progressivamente disponibilizada para consulta online no ar a partir dos próximos meses. Também será disponibilizada para consulta online parte do largo acervo fotográfico da Coordenadora do Programa Guarani, Maria Inês Ladeira, que reuniu centenas de fotos das aldeias onde trabalhou ao longo das últimas décadas.
O Acervo do Programa Grande Carajás reúne um grande volume de documentos a respeito do antigo Programa Grande Carajás/PGC, que impactou profundamente a região onde se inseriam algumas das Tis com as quais o CTI trabalhava. Depois de incêndio na Vale do Rio Doce, no qual os documentos originais do PGC foram queimados, o CTI passou a ser o único depositário desse importante acervo. O Programa Grande Carajás/PGC foi criado na década de 1980 para o desenvolvimento da Amazônia Oriental, palco da guerrilha do Araguaia na década anterior, com a intenção de transformar o perfil desta região. Por força do compromisso com os povos indígenas em geral e, em particular, com os povos Timbira (Apinajé, Gavião-Pykobjê, Gavião-Parkatejê, Krῖkati) e com os Surui-Aikewara, situados na área de influência da Estrada de Ferro Carajás, o CTI passou a monitorar as ações e impactos do PGC, assessorando diretamente os povos citados acima na interlocução com a Funai e a Companhia Vale do Rio Doce, empresa responsável pela instalação e operação da infraestrutura do PGC (exploração da mina, da ferrovia e do porto). O Acervo PGC já foi inteiramente digitalizado pelo CTI e esta sendo organizado para disponibilização para consulta online em nossa Biblioteca Digital.
Além dos conjuntos mencionados, o CTI pretende progressivamente disponibilizar o seu acervo através da Biblioteca Digital.