Nesta segunda-feira (22), primeiro dia do Acampamento Terra Livre, a Univaja realizou um debate sobre a proteção da Terra Indígena Vale do Javari (AM).
Reunindo lideranças indígenas, indigenistas e jornalistas que trabalharam na região, a mesa tratou da importância de ações articuladas para conter o avanço da exploração do território pelo crime organizado.
Beto Marubo, Valter Coutinho, Sonia Bridi, Sidney Possuelo, Miriam Leitão e Rubens Valente, falaram do histórico recente de denúncias a respeito da atuação de garimpeiros, pescadores ilegais, madeireiros e caçadores que colocam em risco os povos do Vale do Javari e seus territórios.






Lideranças das organizações de base da Univaja presentes também falaram das iniciativas indígenas de proteção territorial em curso, como as expedições da Equipe de Vigilância da Univaja (EVU) e a vigilância territorial feita pelos povos Kanamari e Matsés no médio rio Javari.
João Filho contou a experiência de manejo de pirarucu como forma de controle das invasões e geração de renda para os Kanamari, ação que tem o apoio do CTI desde o início em 2017.
As falas também chamaram atenção para a falta de interesse do Estado brasileiro em combater a atuação do crime organizado e das ameaças que lideranças indígenas estão sofrendo em seus territórios.